Uma delegação da Associação Industrial Portuguesa (AIP), liderada pelo Presidente da Direção, José Eduardo Carvalho, visitou a nova unidade industrial ProHy, desenvolvida pela ETSA, empresa do Grupo Semapa, no complexo de Coruche. Trata-se de um investimento de 20 milhões de euros que integra tecnologia de ponta e representa um marco inovador no panorama da biotecnologia mundial.

O projeto ProHy distingue-se pela aplicação de hidrólise não enzimática a subprodutos, um processo pioneiro que utiliza apenas pressão e temperatura, evitando reagentes químicos. A unidade, a quarta da ETSA em Coruche, está prestes a entrar em funcionamento e irá trabalhar com subprodutos de suínos, convertendo-os em matérias-primas de elevado valor acrescentado para diferentes indústrias.

Durante a visita, José Eduardo Carvalho salientou que a AIP está a desenvolver um “roteiro pela indústria transformadora” com o objetivo de reconhecer o desempenho das empresas nacionais num setor altamente competitivo e globalizado. O Presidente da AIP destacou ainda a importância de aproximar os diretores da associação da realidade empresarial, permitindo identificar necessidades e eventuais apoios úteis para o desenvolvimento industrial.

O anfitrião, José Augusto Santos, CEO da ETSA, apresentou o Grupo e reforçou o posicionamento estratégico da empresa no setor da bioeconomia, sublinhando o seu papel transformador e a evolução tecnológica das suas unidades.

A visita técnica foi conduzida por André Almeida, administrador da ETSA responsável por I&D+I e área Comercial, que explicou detalhadamente o processo produtivo do projeto ProHy e as principais inovações tecnológicas introduzidas. O responsável destacou os benefícios ambientais e industriais, nomeadamente a conversão de subprodutos de suínos em recursos úteis para alimentação animal, aquacultura e indústria farmacêutica veterinária.

Economia circular em ação

O projeto ProHy é considerado um exemplo de economia circular pura, ao transformar materiais sem valor no mercado alimentar em produtos valorizados e tecnicamente avançados. Para além da redução de desperdício, contribui para diminuir o impacto ambiental e reforçar a sustentabilidade do setor.

Numa fase inicial, os produtos finais destinam-se à alimentação animal e à aquacultura, estando em desenvolvimento linhas específicas para a indústria farmacêutica veterinária.

O Grupo ETSA em números

A ETSA, com mais de 50 anos de atividade, dedica-se à transformação de subprodutos alimentares em produtos de valor acrescentado. Opera atualmente em cinco complexos industriais, incluindo:

• Quatro unidades em Coruche
• Duas unidades em Loures
• Uma unidade em Vila Nova de Famalicão
• Duas unidades em Espanha, especializadas em subprodutos de peixe

O grupo processa mais de 200 mil toneladas de subprodutos por ano, produz para setores como a indústria farmacêutica, fertilizantes, rações, biodiesel e aquacultura, e exporta cerca de 60% da sua produção para a Europa, Ásia, América do Norte e África. Emprega 470 trabalhadores.